A adoção tardia, aquela em que a criança ou adolescente já se encontra em idade mais avançada, apresenta particularidades que merecem atenção especial. Muitos casais e pessoas solteiras consideram a adoção de bebês ou crianças pequenas como primeira opção, mas adotar um adolescente pode ser uma escolha extremamente gratificante e necessária, sobretudo em um país com milhares de jovens em abrigos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) oferece garantias legais para que a adoção seja segura tanto para os adotantes quanto para o adotado, independentemente da idade. No entanto, o processo exige preparo psicológico e disponibilidade de tempo, pois a criança ou o adolescente frequentemente carrega vivências e histórias que podem demandar maior adaptação e suporte emocional.
Os tribunais brasileiros têm aplicado o princípio do melhor interesse da criança, inclusive nos casos de adoção tardia. Isso significa que a avaliação de afinidade e a realização de estudos psicossociais são etapas fundamentais para que o Judiciário autorize a adoção. As equipes técnicas também verificam a real motivação dos interessados, buscando garantir a segurança emocional do menor.
Um exemplo é o de um casal que decide adotar um adolescente de 14 anos que passou boa parte da vida em acolhimento institucional. Com o apoio de um psicólogo e cumprindo todas as exigências legais, o casal consegue estabelecer um vínculo de afeto e responsabilidade, dando oportunidade para o jovem ter um futuro mais promissor.
A adoção tardia é totalmente viável e pode representar um verdadeiro recomeço na vida de um adolescente que busca um lar. Se você tem interesse em ampliar sua família e oferecer oportunidade a quem mais precisa, considere essa forma de adoção. Compartilhe suas reflexões ou vivências nos comentários para incentivar outras pessoas a conhecer melhor o processo e seus desafios.