Por que a estabilidade após acidente de trabalho gera tantos litígios judiciais?

1. Conceito de Estabilidade Acidentária

Prevista na Lei nº 8.213/1991 (art. 118), a estabilidade de 12 meses após o retorno do afastamento por acidente de trabalho ou doença ocupacional assegura ao empregado o direito de não ser dispensado sem justa causa nesse período.

2. Controvérsias e Dificuldades

  • Nexo Causal: Disputas sobre se a lesão ou doença realmente decorreu das condições de trabalho.
  • Cálculo do Período: Há debates sobre quando se inicia exatamente a contagem do ano de estabilidade (do retorno ao trabalho ou da alta previdenciária).
  • Tentativas de Demissão: Algumas empresas tentam rescindir o contrato alegando outras causas, gerando conflitos e ações judiciais.

3. Efeitos da Estabilidade

  • Reintegração ou Indenização: Se a dispensa ocorrer no período, o empregado pode ser readmitido ou receber indenização relativa aos salários do período.
  • Proteção da Saúde: O objetivo é permitir que o trabalhador se recupere sem medo de perder o emprego.

4. Como Evitar Litígios

  • Prevenção de Riscos: Investir em saúde e segurança do trabalho, reduzindo o número de acidentes.
  • Formalização de Afastamento: Emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) corretamente e acompanhar a recuperação do funcionário.
  • Respeito ao Período Estável: Evitar demissões ou pressões para que o trabalhador peça desligamento.

5. Conclusão

A estabilidade acidentária é fundamental para a proteção do trabalhador, mas mal-entendidos e descumprimentos geram muitos processos. Você concorda com a necessidade de estabilizar por 12 meses? Compartilhe sua visão!

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