Como lidar com a recusa do filho em conviver com um dos genitores?

A recusa de um filho em conviver com um dos genitores é uma situação delicada que requer atenção e sensibilidade por parte dos responsáveis legais e do sistema judicial. Essa recusa pode ser fruto de diversos fatores, como conflitos familiares, experiências negativas ou influências externas. Compreender as causas e adotar medidas adequadas é fundamental para garantir o bem-estar emocional e psicológico da criança.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é direito da criança manter convivência familiar e comunitária, salvo em situações excepcionais que coloquem em risco sua integridade. Quando um filho manifesta a recusa em conviver com um dos genitores, é essencial investigar as razões por trás dessa decisão, visando identificar possíveis abusos, negligências ou outros fatores que possam estar afetando a relação.

O Código Civil, em seu artigo 1.583, orienta que a guarda deve sempre visar ao melhor interesse do menor, o que inclui promover um ambiente seguro e saudável. Em casos de recusa, o juiz pode determinar a realização de avaliações psicológicas e intervenções terapêuticas para auxiliar a criança a superar os conflitos e restabelecer o vínculo com o genitor. A mediação familiar também pode ser uma ferramenta eficaz para resolver as divergências de forma consensual e menos traumática.

Um exemplo prático é o de uma adolescente que, após uma briga acalorada, decide cortar completamente os laços com seu pai. Nesse caso, a mãe pode buscar a intervenção judicial para avaliar a situação, garantindo que a recusa não seja fruto de violência ou abuso. O juiz, com base nas avaliações realizadas, pode determinar um plano de convivência gradual, facilitando a reconstrução da relação de forma respeitosa e cuidadosa.

Lidar com a recusa do filho em conviver com um dos genitores requer paciência, compreensão e, muitas vezes, apoio profissional. Se você está enfrentando essa situação ou conhece alguém que passa por isso, buscar orientação jurídica e psicológica especializada é essencial para proteger os direitos e o bem-estar da criança. Compartilhe suas experiências ou dúvidas nos comentários e ajude a promover um ambiente de apoio e entendimento para famílias em crise.

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