Quando alguém se vê em uma situação de perigo, instintivamente seu cérebro pode reagir de três formas: luta, fuga ou paralisação. Mas do ponto de vista jurídico, a decisão de reagir pode ter consequências. Afinal, a Justiça avalia se a vítima realmente precisava responder com força ou se havia outras opções, como a fuga.
O que a Justiça analisa nesses casos?
Os tribunais levam em consideração:
- Se o acusado tinha uma saída segura que não envolvia o confronto.
- Se a reação foi a única opção viável para salvar sua vida.
- Se a resposta foi proporcional ao perigo enfrentado.
Exemplo prático
Se um homem é atacado em uma rua deserta e não tem para onde correr, sua reação pode ser considerada legítima defesa. Mas se ele está em um shopping, com seguranças próximos, e opta por enfrentar o agressor, o tribunal pode questionar a necessidade da reação.
O que dizem os tribunais?
O STJ, no caso HC 629.814/RS, negou a legítima defesa a um réu que optou por enfrentar o agressor mesmo tendo uma saída segura. A decisão destacou que o princípio da proporcionalidade deve ser respeitado.
Se você foi envolvido em uma situação de legítima defesa, é essencial apresentar argumentos jurídicos sólidos para justificar sua reação.