Profissões consideradas de risco para fins de porte de arma: critérios objetivos

Quais são as categorias reconhecidas pela lei e como comprovar risco real

A concessão do porte de arma no Brasil depende, em grande parte, da classificação da profissão como de risco ou da comprovação de risco real ao indivíduo . Embora exista uma lista oficial de profissões privilegiadas, muitos cidadãos comuns conseguem obter o porte mediante justificativa robusta .

Conhecer quais profissões são automaticamente consideradas de risco e quais argumentos podem ser usados para comprovar risco individual é fundamental para aumentar as chances de aprovação do pedido .

Profissões automaticamente reconhecidas como de risco

De acordo com a Portaria 9.857/2022 do Ministério da Defesa, as seguintes categorias têm prioridade no acesso ao porte de arma :

-Seguranças privados;
-Agentes penitenciários;
-Policias militares e civis;
-Guardas municipais;
-Despachantes aduaneiros;
-Representantes comerciais autônomos (desde que comprovem risco);
-Agentes ambientais e membros de cooperativas rurais.
-Essas categorias têm maior facilidade na análise da Polícia Federal , embora ainda seja necessário comprovar aptidão técnica e psicológica.

Critérios para comprovar risco real em outras profissões

Cidadãos que não pertencem às categorias privilegiadas ainda podem obter o porte de arma mediante comprovação de risco real e iminente . Isso pode ser feito com base em:

-Residência em área de alto índice de criminalidade;
-Atividade profissional exposta a riscos (como transporte de valores ou atendimento noturno);
-Histórico de ameaças ou perseguição;
-Trabalho em locais isolados ou com histórico de ataques.
-Advogados, médicos, caminhoneiros e jornalistas são alguns dos profissionais que mais frequentemente obtêm sucesso nesse tipo de justificativa , especialmente com apoio jurídico especializado.

Documentos necessários para comprovação de risco

Para aumentar as chances de aprovação, é essencial reunir documentos que comprovem a necessidade de porte , como:

-Declarações de empregador ou órgão público atestando o risco da função;
-Relatórios de ocorrências policiais ou registros de ameaças;
-Laudos psicológicos e físicos atualizados;
-Cartas de sindicatos ou associações representativas;
-Comprovante de curso técnico de uso de arma.
-Quanto mais detalhada e consistente for a documentação, maior será a chance de aprovação do pedido pela Polícia Federal .

Dicas para aumentar as chances de obtenção do porte

Se você deseja obter o porte de arma:

-Estude as categorias reconhecidas pela lei e veja se se enquadra em alguma delas;
-Se não se enquadrar, reúna documentos que comprovem risco real e iminente;
-Realize avaliações psicológicas e técnicas em instituições credenciadas;
-Consulte advogados especializados em direito armamentista;
-Fique atento às mudanças legislativas e julgamentos relevantes no STF e STJ.
-Possuir o porte de arma é um direito do cidadão brasileiro que comprova necessidade real. Conhecer as regras e seguir os passos corretos pode ser o diferencial para sua aprovação .

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