Criptomoedas como Bitcoin estão mudando o crime – e a execução penal está correndo atrás. Elas financiam atividades ilícitas com anonimato, desafiando o sistema prisional a se adaptar. Como isso afeta quem cumpre pena? Vamos explorar essa revolução silenciosa e entender por que ela está mais perto de você do que parece.
Criptomoedas e o crime organizado
O artigo 33 da Lei de Drogas pune o tráfico, mas as criptomoedas dificultam o rastreamento de lucros. Em 2023, a Polícia Federal desmantelou uma quadrilha que lavava dinheiro com Bitcoin, levando à prisão de dezenas. Isso impacta a execução penal: mais condenados, presídios mais cheios.
Um caso que assusta
Pense em André, preso por tráfico em 2024. Ele usava criptomoedas para pagar fornecedores, e as autoridades só o pegaram por um deslize offline. A Lei nº 14.478/2022 regula criptoativos, mas sua aplicação na execução penal é incipiente. O STJ (REsp 2.001.345, 2024) começou a discutir como confiscar esses bens virtuais.
Desafios legais e o futuro
O artigo 91 do Código Penal prevê a perda de bens do crime, mas criptomoedas são um enigma. O CNJ estuda tecnologias como blockchain para rastrear esses ativos, mas o sistema penal ainda não sabe como lidar com condenados “cripto-ricos”.
Por que você deveria se importar?
Se você está em um processo ou tem um familiar preso, as criptomoedas podem complicar – ou facilitar – a execução da pena. Um advogado atualizado pode navegar por essa nova realidade, protegendo seus direitos. O crime evoluiu – sua defesa está acompanhando?