
Quando até o Direito é manipulado por máquinas
Notícias falsas que citam leis que não existem, decisões manipuladas por IA e pareceres falsificados têm se tornado cada vez mais comuns. A desinformação jurídica movida por inteligência artificial é um novo tipo de fake news — com potencial devastador.
Exemplo real
Circulou nas redes uma “decisão do STF” contra o Pix, totalmente falsa, gerada por IA. Milhares de pessoas compartilharam o conteúdo, inclusive operadores do Direito.
O que o ordenamento prevê?
O Código Penal (art. 287 e 299) e a Lei de Segurança Nacional já preveem sanções para quem cria ou compartilha falsidades. Além disso:
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O art. 5º, XIV da CF/88 garante o direito à informação verídica;
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O Estatuto da OAB condena o uso de meios ilícitos ou enganosos.
O que pode ser feito?
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Criação de plataformas jurídicas verificadas;
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Penalidades específicas para uso de IA em desinformação;
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Educação digital voltada a juristas.
Num mundo onde a mentira pode ser reproduzida com aparência de verdade, o Direito precisa ser guardião da autenticidade.