Você escolheu seu voto ou o algoritmo escolheu por você?
As campanhas eleitorais digitais estão cada vez mais sofisticadas. E, com o uso de inteligência artificial, tornaram-se capazes de segmentar eleitores, prever preferências e manipular o debate. Isso coloca a integridade do processo eleitoral em risco.
A legislação está preparada?
A Lei nº 9.504/97 e as resoluções do TSE proíbem:
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Disparos em massa por robôs;
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Perfis falsos e deepfakes;
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Conteúdo impulsionado sem identificação.
Mas a segmentação psicológica com base em IA ainda não é claramente regulada — o que abre brechas perigosas.
Como a manipulação acontece?
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Criação de microbolhas ideológicas;
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Uso de dados pessoais para influenciar emoções;
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Disseminação automatizada de fake news com aparência legítima.
Tudo isso reduz a liberdade de escolha e contamina o voto.
Soluções necessárias
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Regulamentação específica para uso de IA em campanhas;
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Auditoria obrigatória de ferramentas digitais usadas por partidos;
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Transparência em anúncios com selo de automação.
A democracia depende de escolhas livres. E para isso, o eleitor precisa estar protegido de influências invisíveis — inclusive digitais.