A pandemia mudou o mundo – e o sistema prisional não ficou imune. A saúde mental dos detentos, já frágil, tornou-se uma bomba-relógio na era pós-Covid. Como garantir os direitos previstos na lei em um cenário de ansiedade, depressão e colapso emocional? Vamos mergulhar nesse desafio e entender por que ele exige atenção imediata.
Saúde mental no cárcere: um direito negligenciado
O artigo 11 da LEP assegura assistência à saúde, incluindo a mental. Mas a realidade é outra: segundo o CNJ, em 2023, apenas 20% dos presídios brasileiros tinham psicólogos disponíveis. A pandemia agravou isso, com isolamento prolongado e medo de contágio disparando casos de transtornos psiquiátricos entre detentos.
Um exemplo que choca
Considere Pedro, preso em uma unidade no Nordeste. Durante a pandemia, ele perdeu contato com a família e desenvolveu depressão severa. Sem atendimento, sua condição piorou, resultando em automutilação. Casos como esse levaram o STF, em 2024, a reforçar a obrigatoriedade de assistência psicológica (ADI 5.354), mas a implementação ainda patina.
Mudanças legais e o que está por vir
A Lei nº 14.197/2021 ampliou o foco na saúde mental no sistema penal, mas a prática exige mais. Projetos como o PL 1.876/2023 propõem equipes multidisciplinares em presídios, um passo rumo ao cumprimento do artigo 5º, inciso III, da Constituição, contra tratamentos desumanos.
Por que você precisa agir?
Se você tem um ente querido preso ou enfrenta um processo, a saúde mental pode ser a chave para uma execução penal justa. Um advogado especializado pode lutar por esse direito, transformando uma pena em uma chance de recuperação. Não deixe que o sistema ignore o que a lei promete – você sabe como garantir isso?