É possível buscar reparação judicial por séculos de escravidão e racismo? Esse debate cresce no Brasil, especialmente diante de precedentes internacionais e ações civis que pedem reparação coletiva por danos raciais históricos.
Precedentes Internacionais Inspiradores
Nos EUA, empresas que lucraram com a escravidão foram processadas por descendentes de escravizados. Já na África do Sul, tribunais reconheceram o direito à indenização por apartheid.
No Brasil, ainda não há jurisprudência consolidada, mas o debate avança.
Fundamentos Jurídicos Possíveis
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Art. 5º, incisos V, X e XXXV da Constituição (acesso à Justiça e reparação);
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Princípio da dignidade da pessoa humana;
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Art. 186 do Código Civil (responsabilidade por ato ilícito).
A tese é que o racismo sistêmico e as omissões estatais configuram responsabilidade civil coletiva.
Desafios e Perspectivas
Embora enfrentem resistência jurídica, essas ações provocam o Judiciário a refletir sobre racismo estrutural como passivo histórico.
Reparar não é apenas pagar: é reconhecer e transformar.