Robôs podem substituir advogados no atendimento?
Chatbots jurídicos estão sendo adotados por muitos escritórios para responder dúvidas comuns, agendar consultas e até gerar petições preliminares. A economia de tempo é real, mas isso levanta uma questão essencial: o uso desses robôs é compatível com o Código de Ética da OAB?
O que diz a OAB?
O Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) exige que toda atuação profissional seja personalizada, ética e responsável. O advogado não pode fazer mercantilização da profissão — e muito menos permitir que um robô atue sem supervisão humana.
Chatbots podem ser usados para facilitar o atendimento — mas não para exercer a advocacia.
Quando há risco de infração ética?
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Chatbots que prestam consultoria jurídica sem supervisão;
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Softwares que captam clientela com linguagem promocional proibida;
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Plataformas que produzem petições sem revisão por advogado habilitado.
Como usar a IA sem violar a ética?
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Deixe claro que o chatbot é um assistente automatizado;
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Oriente para que toda decisão seja revisada por um profissional;
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Evite linguagem de captação direta de clientes por robôs.
Na advocacia, a confiança ainda é construída no olhar humano. A IA ajuda — mas não substitui o compromisso ético do profissional.