Quando o dinheiro aperta, quem paga o preço? As políticas de austeridade estão cortando fundos dos presídios brasileiros, e isso impacta diretamente a execução penal. Menos recursos, mais problemas – mas como isso afeta quem está dentro do sistema? Vamos explorar essa conexão e entender por que ela exige sua atenção.
Austeridade e o sistema prisional
O artigo 10 da Lei de Execução Penal (LEP – Lei nº 7.210/1984) garante assistência material aos presos, mas cortes orçamentários ameaçam essa promessa. Em 2023, o governo federal reduziu em 20% o orçamento penitenciário, segundo o DEPEN, priorizando outras áreas em tempos de crise fiscal. O resultado? Superlotação e condições precárias.
Um exemplo que preocupa
Pense em José, preso em uma unidade no Nordeste. Em 2024, cortes na verba interromperam reformas, deixando-o em uma cela sem ventilação durante uma onda de calor. Isso viola o artigo 5º, inciso III, da Constituição, que proíbe tratamentos desumanos. O STF, na ADPF 347 (2015), já cobrou soluções, mas a austeridade dificulta.
O que a legislação e os tribunais dizem
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) pressiona o equilíbrio financeiro, mas o CNJ, em 2024, alertou que a falta de verbas agrava o “estado de coisas inconstitucional”. O PL 6.123/2023 tenta criar um fundo emergencial para presídios, mas enfrenta resistência política.
Por que isso te afeta?
Se você tem um familiar preso ou lida com a justiça, a austeridade pode transformar a pena em um sofrimento extra. Um advogado especializado pode buscar alternativas legais para garantir dignidade. Não deixe cortes definirem o destino de quem você ama – há caminhos a explorar.