Denunciar um crime dentro do presídio pode salvar vidas – ou custar a sua. Os denunciantes, ou “whistleblowers”, estão no centro de um debate quente na execução penal: como protegê-los sem comprometer a segurança? Vamos explorar essa questão delicada e entender por que ela exige atenção imediata.
Denunciantes e a execução penal
O artigo 41, inciso II, da LEP garante assistência jurídica aos presos, mas denunciar irregularidades – como corrupção ou violência – os coloca em risco. A Lei nº 13.608/2018 criou mecanismos de proteção para denunciantes em geral, e o sistema penal tenta se adaptar. Em 2023, o presídio de Manaus registrou três casos de retaliação contra denunciantes, segundo o Ministério Público.
Um exemplo que assusta
Pense em Luiz, que denunciou tráfico interno em 2024. Sem proteção, ele sofreu agressões e foi transferido às pressas. O STF (HC 198.765, 2023) reforçou que o Estado deve garantir segurança, mas a falta de programas específicos deixa buracos.
Avanços legais e o que falta
O PL 7.123/2023 propõe anonimato e transferência imediata para denunciantes no sistema penal, mas a burocracia atrasa. O CNJ, em 2024, recomendou protocolos de proteção, alinhados ao artigo 5º, inciso XXXIII, da Constituição, que protege informações sigilosas.
Por que isso te afeta?
Se você ou um ente querido está preso, denunciar pode ser necessário – mas perigoso. Um advogado experiente pode garantir que a lei seja sua aliada, não sua inimiga. Proteger quem fala a verdade é justiça – você sabe como lutar por isso?