Terrorismo e Direitos Humanos: É Possível Conciliar Repressão e Garantias Fundamentais?

O terrorismo representa uma grave ameaça à vida, à ordem pública e à soberania dos Estados. Mas o combate a esse tipo de crime não pode se dar à custa dos direitos humanos. A conciliação entre repressão e garantismo é o maior desafio jurídico do século XXI.

O paradoxo da segurança e da liberdade

A Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos defendem que nenhuma medida de segurança pode violar princípios como a dignidade humana, o devido processo legal e a presunção de inocência.

Ainda assim, governos têm aprovado leis antiterrorismo com dispositivos que ampliam o poder de vigilância, reduzem garantias processuais e legitimam prisões preventivas em massa.

A jurisprudência dos tribunais internacionais

A Corte Europeia de Direitos Humanos já anulou prisões e expulsões de supostos terroristas por ausência de provas e por violação do princípio do contraditório.

No Brasil, o STF tem reafirmado que nem o crime mais hediondo permite a suspensão dos direitos fundamentais. Mesmo o terrorista merece julgamento justo.

O papel da advocacia e da Defensoria Pública

A atuação jurídica garantista é essencial para impedir que o combate ao terror se transforme em perseguição, censura ou violência institucional. Defender direitos humanos é também combater o extremismo.

Justiça: segurança sem humanidade é tirania

A democracia se revela nos momentos mais difíceis — e não há Justiça sem garantia.

A resposta ao terror deve ser forte, mas nunca cruel

Reprimir com técnica, punir com equilíbrio e garantir com firmeza: esse é o tripé de um Estado que respeita os direitos humanos.

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