Será que o Drex Vai Substituir o Dinheiro Físico?

A chegada do Drex, a moeda digital brasileira, levanta uma pergunta que ecoa na mente de muitos: ele vai acabar com o dinheiro físico? Embora a tendência de digitalização seja forte, a resposta, de acordo com o Banco Central e especialistas, é que o dinheiro físico continuará a coexistir com o Drex, pelo menos no futuro próximo. Cada forma de dinheiro tem um papel único e insubstituível na economia.
O dinheiro físico, com suas cédulas e moedas, ainda é essencial para uma grande parte da população brasileira, especialmente para a inclusão financeira. Milhões de pessoas ainda não têm acesso à internet, a um smartphone ou a uma conta bancária. Para elas, o dinheiro físico é a única forma de transacionar. Ele é um instrumento de soberania e acessibilidade, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de sua localização ou acesso à tecnologia, possam participar da economia.
Além da inclusão, o dinheiro físico oferece um nível de privacidade que as transações digitais não podem replicar. Para compras de pequeno valor, em que o anonimato é preferível, o dinheiro físico continua sendo a opção mais segura. E em situações de crise ou de falhas de energia e internet, o dinheiro físico é o único meio de pagamento que continua funcionando, agindo como um plano de contingência vital para a economia.
O Drex, por sua vez, foi projetado para atuar em um ambiente diferente. Ele é a moeda-motor para transações de alto valor e programáveis, onde a eficiência, a segurança e a automação são mais importantes do que o anonimato. A sua natureza digital e programável o torna ideal para a tokenização de ativos, os contratos inteligentes e os pagamentos automatizados, mas não o torna um substituto direto do dinheiro em espécie.
Em suma, a relação entre o Drex e o dinheiro físico não é de substituição, mas de complementaridade. O dinheiro físico continua sendo a base para a inclusão e a segurança em situações de contingência, enquanto o Drex será a ferramenta para a inovação e a modernização do sistema financeiro. O Brasil continuará a ser uma economia com múltiplas formas de dinheiro, cada uma cumprindo seu papel para o bem-estar da sociedade.