
A identificação de animais de estimação, como cães e gatos, através de métodos como microchipagem e coleiras com identificação, é uma prática importante para garantir a sua segurança e facilitar a sua recuperação em caso de perda ou fuga. Embora não haja uma lei federal que obrigue a identificação de todos os animais de estimação, algumas leis estaduais e municipais têm avançado nessa área, estabelecendo a obrigatoriedade da identificação em certas situações e reconhecendo o direito dos animais de serem identificados para sua própria proteção.
Em nível federal, a Lei nº 11.794/08 (Lei Arouca), que regulamenta o uso de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, estabelece a obrigatoriedade da identificação individual dos animais utilizados nesses contextos. Essa identificação é fundamental para o controle e o monitoramento dos animais durante os experimentos e para garantir a rastreabilidade.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) também aborda a questão da identificação ao tratar dos animais de assistência. Essa lei reconhece o direito da pessoa com deficiência de ser acompanhada por animal de assistência e estabelece que esses animais devem ser identificados por meio de documentação e equipamentos próprios, como coleiras e arneses com identificação visual.
Em nível estadual e municipal, diversas leis têm sido promulgadas para incentivar ou obrigar a identificação de animais de estimação. Essas leis geralmente visam o controle populacional, a prevenção de zoonoses, a responsabilização dos tutores em caso de abandono ou maus-tratos, e a facilitação da recuperação de animais perdidos. A identificação pode ser feita por meio de microchipagem, que é um método seguro e permanente, ou através de coleiras com plaquetas de identificação contendo informações de contato do tutor.
Algumas leis municipais, por exemplo, podem tornar obrigatória a microchipagem para o registro de animais na prefeitura ou para o acesso a determinados locais públicos, como parques. Essas leis geralmente estabelecem prazos para que os tutores providenciem a identificação de seus animais e podem prever sanções em caso de descumprimento.
Embora não haja um direito universal dos animais de estimação à identificação previsto em lei federal, a crescente adoção de leis estaduais e municipais que tornam a identificação obrigatória ou a incentivam demonstra um reconhecimento da importância dessa prática para a proteção e o bem-estar dos animais. A identificação permite que animais perdidos sejam rapidamente reunidos com seus tutores, evita o abandono e facilita a responsabilização em casos de maus-tratos.
Em resumo, embora não exista uma lei federal que estabeleça o direito universal dos animais de estimação à identificação, a legislação brasileira, em diferentes níveis, aborda a questão da identificação em contextos específicos, como na pesquisa científica e para animais de assistência. Além disso, muitas leis estaduais e municipais têm avançado na obrigatoriedade ou no incentivo à identificação de animais de estimação como forma de proteção, controle populacional e responsabilização dos tutores. A identificação, seja por microchip ou coleira com identificação, é uma ferramenta importante para garantir a segurança e o bem-estar dos animais.