O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, tornou-se muito popular graças à sua rapidez e praticidade. No entanto, golpistas também encontraram nele oportunidades para aplicar fraudes. A seguir, apresentamos os golpes mais frequentes relacionados ao PIX e exemplos de como eles acontecem, para que você saiba se prevenir.
1. Golpe do Falso Suporte ou Falso Funcionário de Banco
- Como funciona: O golpista entra em contato se passando por funcionário do banco ou atendente do suporte do aplicativo financeiro. Ele alega supostos problemas na conta ou no cartão e pede que a vítima realize um teste de transferência via PIX ou compartilhe dados pessoais.
- Exemplo: A vítima recebe uma ligação dizendo que há “transações suspeitas” e precisa fazer uma simulação via PIX para confirmar sua identidade. Em seguida, o golpista fica com o valor transferido.
Dica de segurança: Nunca forneça senhas ou códigos de validação a terceiros. Ao receber ligações suspeitas, desligue e entre em contato diretamente com o canal oficial do banco.
2. Golpe do QR Code Falso
- Como funciona: O golpista altera o QR Code de determinado serviço ou produto, induzindo o pagador a fazer a transferência para a conta dele. Esse método pode ocorrer em lojas físicas ou em vendas online.
- Exemplo: Você está em um restaurante que disponibiliza o pagamento via QR Code na mesa. O golpista pode trocar o QR Code original por um adesivo falso, direcionando o dinheiro para sua própria conta.
Dica de segurança: Antes de pagar via QR Code, confirme se o beneficiário exibido na tela do seu celular corresponde ao estabelecimento ou pessoa certa. Em compras online, cheque sempre o nome do destinatário antes de concluir a transação.
3. Golpe do Link ou Site Falso
- Como funciona: O criminoso envia mensagem (e-mail, SMS, WhatsApp etc.) com link que leva a uma página falsa de pagamento, simulando uma loja ou site confiável. A vítima, sem perceber, faz um PIX para o golpista.
- Exemplo: Você recebe um e-mail informando um boleto ou fatura em atraso com desconto, com link “para pagamento via PIX”. O site acessado é idêntico ao do seu banco, mas não passa de uma cópia. Ao inserir seus dados e confirmar a transferência, o dinheiro vai para o golpista.
Dica de segurança: Desconfie de ofertas milagrosas e não clique em links suspeitos. Se precisar pagar algo, use o aplicativo oficial do seu banco ou digite o endereço do site diretamente no navegador.
4. Golpe do WhatsApp Clonado ou “Falso Parente/Amigo”
- Como funciona: O fraudador invade ou clona a conta de WhatsApp de alguém ou cria um perfil com a foto de uma pessoa conhecida, e pede dinheiro urgente via PIX, alegando alguma emergência.
- Exemplo: Alguém se passa por seu irmão, com a foto de perfil dele, dizendo ter trocado de número e pedindo dinheiro para pagar uma conta com urgência. Ao fazer o PIX, você envia o valor ao golpista, acreditando ajudar um parente.
Dica de segurança: Quando receber pedidos de dinheiro por mensagem, confirme a identidade por ligação ou por outro meio. Não confie apenas na foto de perfil e no nome exibido.
5. Golpe do Falso Atendimento ao Consumidor (Marketplace)
- Como funciona: É comum em compras online, especialmente em marketplaces (Mercado Livre, OLX, etc.). O golpista entra em contato e oferece “intermediação do pagamento” para garantir que a compra seja segura, porém direciona o PIX para si mesmo.
- Exemplo: Você anuncia um produto na internet e recebe uma mensagem de suposto “atendente” da plataforma, dizendo que precisa pagar uma taxa ou fazer um depósito PIX para liberar a venda. Porém, este “atendente” não faz parte da empresa, e sim do esquema fraudulento.
Dica de segurança: Verifique sempre se a conversa está ocorrendo dentro do ambiente oficial da plataforma. Não faça pagamentos para “intermediários” sem confirmar com o suporte legítimo do site.
6. Golpe do Motoboy ou Mensageiro
- Como funciona: Criminosos ligam ou enviam mensagem alegando que o cartão da vítima foi clonado ou que há alguma cobrança indevida. Depois, dizem que um “motoboy” passará para recolher o cartão e orientam a vítima a fazer um PIX de confirmação.
- Exemplo: A vítima recebe uma ligação dizendo que para evitar perdas, deve “transferir” o valor da sua conta para uma conta segura por meio de PIX temporário, ou entregar o cartão físico a um mensageiro para bloqueio. Na verdade, tudo faz parte do golpe.
Dica de segurança: Nenhum banco ou operadora de cartão envia motoboy para recolher cartão nem pede para o cliente fazer PIX para uma conta de segurança. Desconfie e ligue para o número oficial da sua instituição financeira.
Boas práticas para se proteger
- Verifique antes de confirmar: Sempre confira o destinatário (nome e CPF/CNPJ) antes de concluir qualquer transação PIX.
- Desconfie de contato inesperado: Bancos e empresas raramente entram em contato pedindo informações sensíveis. Se tiver dúvidas, busque o canal oficial de atendimento.
- Não compartilhe códigos de verificação: Mensagens de SMS ou e-mails com tokens de segurança são pessoais e intransferíveis.
- Evite clicar em links de origem duvidosa: Golpistas costumam enviar mensagens e links que parecem legítimos, mas escondem páginas falsas.
- Mantenha seus dados atualizados e seguros: Faça uso de antivírus, utilize senhas fortes e ative a verificação em duas etapas em aplicativos de mensagem e bancos.
Com essas informações, você pode ficar mais atento aos principais golpes que utilizam o PIX e evitar cair em armadilhas. Em caso de qualquer dúvida ou suspeita, busque diretamente os canais oficiais de seu banco ou operadora de cartão para ter certeza de que está fazendo uma transação segura.