A extradição deve respeitar a proporcionalidade entre o crime imputado e a medida adotada. O STF não permite que uma extradição resulte em punições desproporcionais ou injustas.
⚖️ O Que é o Princípio da Proporcionalidade?
Esse princípio impõe que:
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A medida adotada (extradição) deve ser adequada ao fim pretendido (justiça);
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Deve haver necessidade real da extradição, sem alternativas menos gravosas;
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O resultado não pode causar mais dano do que o mal que se busca corrigir.
É uma garantia contra abusos, tanto do país requerente quanto do sistema brasileiro.
📌 Casos Práticos de Aplicação no STF
Em diversos precedentes, o STF:
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Recusou extradição por crime leve com pena desproporcional (como injúria ou difamação com pena de prisão longa);
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Exigiu garantias do país requerente de que a pena aplicada não seria cruel ou desumana.
Na Ext. 1.498, a Corte negou pedido de extradição por um delito menor, entendendo que a pena proposta era “claramente desproporcional à gravidade do fato”.
🌍 Proporcionalidade e Direitos Humanos
O princípio é também aplicado conforme:
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Convenção Americana de Direitos Humanos;
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.
💡 Justiça em Excesso Também É Injustiça
Você aceitaria ser extraditado por um delito leve, com pena de 15 anos? A justiça deve punir — mas com equilíbrio.
✅ Conclusão: Proporcionalidade é o Limite da Legitimidade
A extradição só é válida se respeitar o senso de justiça e proporcionalidade. O STF zela para que a punição seja justa, equilibrada e constitucional.