Além dos tratados globais, os blocos regionais têm desempenhado um papel crucial na criação de zonas livres de armas nucleares. Essas iniciativas fortalecem a paz e ajudam a preencher lacunas do direito internacional.
Exemplos de Sucesso: Tlatelolco, Pelindaba e Rarotonga
O Tratado de Tlatelolco, em vigor na América Latina desde 1969, proíbe armas nucleares na região e serviu de modelo para outros tratados similares, como o Tratado de Pelindaba (África) e o de Rarotonga (Pacífico Sul).
Essas zonas livres são juridicamente vinculantes e reforçam o compromisso com a não proliferação.
Áreas Estratégicas Ainda Não Cobertas
Ásia, Oriente Médio e Europa Oriental ainda não contam com tratados regionais de proibição nuclear. Isso representa um ponto cego no sistema jurídico internacional, especialmente em regiões marcadas por tensões militares.
Blocos Políticos Como Instrumentos de Pressão Diplomática
Organizações como União Africana, ASEAN e CELAC têm utilizado sua força política para promover normas regionais de desarmamento. Essa pressão coletiva é mais eficaz do que ações isoladas.
Desafios: Pressão de Potências Externas
Muitas zonas livres enfrentam resistências por parte de potências nucleares, que mantêm bases ou influência militar na região. Isso exige cooperação diplomática e jurídica para garantir o respeito às normas regionais.
Blocos Regionais Como Guardiões do Direito à Paz
Fortalecer a atuação jurídica dos blocos regionais é essencial para consolidar o desarmamento nuclear de forma descentralizada. O futuro da regulação global pode depender dessas redes jurídicas locais com vocação universal.