
A Ordem deve regular ou incentivar o uso de IA?
O uso crescente de inteligência artificial por advogados e escritórios de advocacia — em petições automáticas, monitoramento processual e prospecção indireta — coloca a OAB em um novo e complexo dilema ético. Regular para limitar? Incentivar para inovar?
O que prevê o Código de Ética da OAB?
Embora não mencione IA, ele impõe:
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Respeito ao sigilo profissional (art. 25);
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Proibição de captação indevida de clientela (art. 41);
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Obrigação de qualidade, clareza e responsabilidade técnica.
Logo, qualquer uso de IA deve respeitar esses princípios.
Problemas já detectados
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Ferramentas que prometem “ganhar sua causa com IA”;
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Softwares que usam dados de clientes sem consentimento;
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“Bots jurídicos” que dão pareceres sem supervisão profissional.
Tudo isso pode ser enquadrado como falta ética.
Caminho ideal?
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Criação de diretrizes da OAB específicas sobre uso ético de IA;
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Incentivo à formação digital dos advogados;
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Valorização do uso responsável e supervisionado.
A tecnologia é bem-vinda, desde que não fira a alma da advocacia: a ética, a confiança e a responsabilidade pessoal.