Você sabia que um robô decide o que te oferecer?
Ao navegar em uma loja virtual, você vê ofertas “exclusivas” ou recebe recomendações personalizadas. Mas o que muitos consumidores não percebem é que essas decisões são feitas por algoritmos — e não por vendedores humanos. Isso traz à tona uma discussão urgente: como garantir a transparência nesse processo?
O que diz o Código de Defesa do Consumidor?
O CDC (art. 6º, III) assegura o direito à informação clara, precisa e ostensiva. Isso inclui saber:
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Se uma decisão foi tomada por IA;
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Quais foram os critérios usados para sugerir ou negar uma oferta;
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Se há a possibilidade de revisão humana.
Quando essas informações são omitidas, o consumidor está diante de uma violação legal.
Exemplo prático
Uma fintech utiliza IA para aprovar ou recusar crédito. Um cliente tem o pedido negado, mas não sabe o porquê. Isso fere o direito à explicação previsto também na LGPD (art. 20).
O que as empresas devem fazer?
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Informar de forma clara sempre que houver decisão automatizada;
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Garantir acesso facilitado aos critérios do algoritmo;
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Permitir que o cliente peça revisão humana.
Confiança se constrói com transparência. E no mundo dos algoritmos, o consumidor precisa de mais — não menos — informação.