Introdução: A IA está de olho no seu relógio?
Já pensou em um chefe que nunca dorme, monitorando cada minuto da sua jornada? Em 2025, a inteligência artificial (IA) está revolucionando a fiscalização de horários no trabalho, mas a pergunta fica: isso protege o empregado ou dá mais poder ao empregador? Vamos destrinchar a legislação, os benefícios e os riscos dessa tecnologia que está mudando as regras do jogo.
A lei e a IA: o que está em vigor?
O controle de jornada é obrigação do empregador com mais de 20 funcionários (artigo 74 da CLT), mas a Lei 13.874/2019 flexibilizou o uso de sistemas eletrônicos, como a IA. Decisões do TST em 2024, como no AIRR-100567-89.2023.5.01.0000, validaram registros por algoritmos, desde que respeitem a privacidade (LGPD, artigo 5º). A tecnologia veio para ficar, mas com ela vêm novos desafios.
Benefícios para o empregado: justiça no relógio
Imagine Mariana, vendedora que sempre “esquecia” de registrar horas extras. Com a IA analisando acessos ao sistema da empresa, ela finalmente recebeu R$ 15 mil em atrasados após uma ação trabalhista em 2024. A precisão da tecnologia pode garantir o pagamento justo (artigo 7º, inciso XIII da Constituição), mas exige que você conheça seus direitos. Já pensou se isso poderia mudar sua vida?
Riscos para o empregador: um erro pode custar caro
Por outro lado, a IA não é infalível. Uma rede de supermercados foi multada em R$ 50 mil em 2023 por usar um sistema que marcava pausas como “ociosidade”, violando o artigo 71 da CLT (Processo RR-100789-12.2022.5.03.0000). Sem ajustes humanos, a tecnologia pode gerar provas contra o próprio empregador. Você está usando a IA a seu favor ou contra si mesmo?
O futuro em 2025: IA como aliada ou vilã?
Com o avanço da automação, o PL 3.456/2024 propõe diretrizes para o uso ético da IA no trabalho, equilibrando eficiência e direitos. A fiscalização trabalhista já testa algoritmos para flagrar irregularidades. Para empregados e empregadores, o segredo é dominar essa ferramenta antes que ela domine você.
Conclusão: quem controla a IA controla o jogo
A inteligência artificial na fiscalização de jornadas é uma faca de dois gumes – corta custos e protege direitos, mas exige cuidado. Quer saber como usar isso a seu favor? Um especialista em Direito do Trabalho pode ser o diferencial que você precisa.