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A Força das Redes Sociais na Mobilização Política
As redes sociais revolucionaram a forma como as pessoas se informam e interagem no ambiente público. Hoje, é inquestionável o poder de plataformas como Facebook, Twitter e Instagram na formação de opinião, organização de manifestações e viralização de narrativas. Em cenários polarizados, essas ferramentas podem, infelizmente, ser utilizadas também para promover o discurso de ódio e alimentar teorias conspiratórias. -
Impacto na Segurança Institucional
A Procuradoria-Geral da República (PGR) dedicou parte da denúncia à questão do uso das redes para instigar atitudes antidemocráticas. De acordo com a Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), provedores de aplicação podem ser responsabilizados caso não removam conteúdo ilícito após decisão judicial. Além disso, a Lei n. 13.869/2019 (abuso de autoridade) prevê sanções para autoridades que se valerem das redes para ultrajar instituições ou cidadãos de forma indevida. -
Exemplo Recente de Bloqueios de Contas
Um exemplo claro foi a ordem judicial que determinou o bloqueio de perfis associados à divulgação de fake news e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O tribunal entendeu que a repercussão negativa do conteúdo ultrapassou o limite da liberdade de expressão (art. 5º, IV, da Constituição), transformando-se em atentado à honra e segurança de autoridades públicas. -
Desinformação e Crimes Conexos
O discurso de ódio impulsionado por fake news pode se conectar a diversos crimes, como injúria (art. 140 do Código Penal), difamação (art. 139 do CP) e até incitação ao crime (art. 286 do CP). Se esse discurso assumir caráter de ameaça às instituições, a possibilidade de enquadramento em crimes contra o Estado Democrático (art. 359-L ou 359-M do CP) também não pode ser descartada. Daí a relevância de investigar a origem, a autoria e o financiamento dessas redes de desinformação. -
A Necessidade de Orientação Preventiva
Empresas e personalidades públicas que têm suas marcas expostas online precisam tomar medidas de compliance digital, averiguando quais conteúdos são veiculados em seus canais. A consultoria jurídica especializada ajuda a mapear riscos e a responder prontamente a qualquer questionamento oficial. Assim, reduz-se a probabilidade de conivência ou associação indevida a material que promova o discurso de ódio, bem como possíveis sanções ou constrangimentos futuros.