A tecnologia bate à porta do Judiciário
O Judiciário brasileiro não ficou de fora da revolução digital. Tanto o STF quanto o STJ já utilizam sistemas de inteligência artificial para otimizar sua atuação. Mas isso vem acompanhado de cautela e reflexão sobre os limites da tecnologia.
O caso do robô “Victor”
O Supremo Tribunal Federal foi pioneiro com o robô “Victor”, que analisa recursos e sugere decisões com base em padrões jurisprudenciais. Ele não decide, mas ajuda a triagem de casos — e não substitui a função do ministro relator.
A posição oficial do STJ
O Superior Tribunal de Justiça também adotou IA em seu sistema de jurisprudência. Em diversas notas técnicas, o STJ afirma que a tecnologia deve ser usada como apoio, jamais como substituta do julgamento humano.
E mais: as decisões precisam ser motivadas com base nos autos — não apenas em padrões estatísticos.
Transparência como princípio
Tanto o STF quanto o STJ reforçam que:
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A IA deve ser explicável;
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O controle deve ser humano e contínuo;
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Nenhuma decisão automatizada pode comprometer o contraditório ou ampla defesa.
A tecnologia é bem-vinda no Judiciário — desde que não ultrapasse a linha que separa o apoio da arbitrariedade.