Como Garantir Seus Direitos em Caso de Sinistro Parcial e Discordância com o Laudo

Sinistros parciais — como colisões, avarias ou pequenos danos — são comuns em contratos de proteção veicular. Porém, o problema surge quando o associado discorda do laudo apresentado pela associação, que muitas vezes tenta minimizar os danos para reduzir a indenização ou se eximir da responsabilidade.

Direito à Contraditório e à Perícia Contraditória

A Constituição Federal (art. 5º, LV) assegura o direito ao contraditório e à ampla defesa, inclusive em relações de consumo. O CDC (art. 6º, VI) garante o direito à reparação dos danos materiais na extensão do prejuízo.

O associado pode, sim, questionar o laudo técnico e apresentar outro, feito por perito independente.

Práticas Abusivas Mais Comuns

  • Laudos feitos sem avaliação presencial.

  • Laudos que não consideram peças originais.

  • Recusa em arcar com valores de mão de obra compatíveis com o mercado.

Essas condutas são passíveis de ação judicial, com pedidos de indenização por danos materiais e morais.

Exemplo Prático

Uma associada do interior de Minas Gerais teve a lateral do carro avariada em colisão. O laudo da associação estimou apenas R$ 900,00 de prejuízo, quando o orçamento de duas oficinas totalizava R$ 2.200,00. O juiz, em sentença, reconheceu a má-fé e determinou o pagamento integral, com multa por litigância de má-fé.

Como Proceder

  1. Peça cópia integral do laudo.

  2. Solicite avaliação em oficina independente.

  3. Formalize a discordância.

  4. Se negarem a revisão, ajuíze ação com os dois orçamentos.

Conclusão: Laudo Arbitrário Não É Sentença Final

Você tem o direito de contestar avaliações injustas. A Justiça reconhece que laudos tendenciosos configuram tentativa de lesar o consumidor. Lute pela reparação integral, sem concessões.

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