
Quando há controvérsia técnica sobre os danos sofridos no veículo, a perícia judicial se torna uma das provas mais importantes no processo. Em ações contra associações de proteção veicular, a perícia pode desmascarar laudos fraudulentos ou negligentes e comprovar o real prejuízo do consumidor.
Quando a Perícia é Necessária?
A perícia é indicada quando:
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O valor da indenização está em disputa.
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O laudo da associação não reflete os danos reais.
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Há divergência sobre culpa no sinistro.
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É preciso verificar a viabilidade do reparo ou perda total.
Segundo o artigo 464 do CPC, a prova pericial é requerida quando a demonstração dos fatos depender de conhecimento técnico especializado.
Quem Realiza a Perícia e Como Funciona
O juiz nomeia um perito de confiança, geralmente engenheiro mecânico ou técnico automotivo. As partes podem indicar assistentes técnicos e formular quesitos.
Durante a diligência, o veículo é inspecionado, as condições são documentadas e o laudo é anexado aos autos com prazo para manifestação das partes.
A imparcialidade do perito é um dos grandes diferenciais em relação aos laudos fornecidos pelas próprias associações.
Exemplo Real
Um associado teve o teto solar danificado por queda de galho. A associação alegou que o dano era anterior. A perícia judicial demonstrou que o dano era recente, compatível com as condições do acidente e exigia substituição completa. A sentença reconheceu a fraude e condenou a associação.
Confie na Técnica, Não na Palavra da Associação
A perícia judicial é sua aliada quando a associação tenta minimizar ou negar seus direitos. Nunca aceite passivamente laudos de origem duvidosa. A ciência pode provar o que tentam esconder.
Conclusão: Perícia é Ferramenta Decisiva em Casos Técnicos
Sempre que houver impasse técnico, insista na produção de prova pericial. Ela pode confirmar a veracidade do seu pedido e assegurar a reparação integral do seu prejuízo.
