A castração química é um procedimento médico que utiliza medicamentos hormonais ou inibidores de libido para reduzir a produção de testosterona e, consequentemente, diminuir o desejo sexual em homens. Diferente da castração cirúrgica, que envolve a remoção dos testículos, a castração química não é permanente e pode ser revertida com a interrupção do uso dos medicamentos.
Como funciona a castração química?
- Uso de medicamentos hormonais
São administrados medicamentos que interferem na produção ou ação da testosterona, como os agonistas de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) ou antiandrógenos. Essas substâncias bloqueiam a produção do hormônio sexual masculino, reduzindo o impulso sexual. - Redução da libido e função sexual
Ao reduzir os níveis de testosterona no corpo, ocorre uma diminuição do desejo sexual, além de possíveis impactos na ereção e na fertilidade. - Administração periódica
A castração química é geralmente realizada por meio de injeções regulares ou ingestão oral de medicamentos, que precisam ser mantidos ao longo do tempo. Ao cessar o tratamento, os níveis hormonais podem retornar ao normal.
Casos em que é aplicada
- Tratamento médico: É utilizada, em alguns casos, para tratar condições como câncer de próstata ou comportamentos sexuais compulsivos.
- Medida penal: Em alguns países, a castração química é aplicada como parte de penas para criminosos sexuais reincidentes, a fim de reduzir o risco de novos delitos.
Aspectos legais e éticos
A castração química gera debates sobre ética, direitos humanos e eficácia. Enquanto alguns defendem a medida como forma de proteção da sociedade, críticos apontam que a imposição pode ferir direitos individuais e que o tratamento deve ser acompanhado de suporte psicológico.