Adoção de Robôs Jurídicos no Judiciário Brasileiro: O Caso do “Victor” no STF

Quando o Judiciário adota inteligência artificial

O Supremo Tribunal Federal tem um assistente muito especial: o robô “Victor”, sistema de IA que ajuda a analisar recursos com repercussão geral. Mas o que isso representa? Uma modernização necessária ou um risco à imparcialidade judicial?

O que o Victor realmente faz?

O sistema “Victor”:

  • Analisa peças processuais;

  • Identifica temas repetitivos;

  • Sugere se há repercussão geral nos recursos.

Mas atenção: ele não decide. O ministro relator continua responsável pela análise e julgamento final. O Victor é uma ferramenta de apoio — e é assim que deve permanecer.

Por que isso importa?

Se o Judiciário começa a depender demais de sistemas automáticos, surgem riscos como:

  • Redução da individualização de decisões;

  • Falta de transparência nos critérios usados;

  • Risco de reprodução de vieses históricos ou estatísticos.

O que o STF defende?

O próprio STF reforça que a IA:

  • Não substitui a análise humana;

  • Deve ser explicável e auditável;

  • Deve preservar o contraditório e a ampla defesa.


A tecnologia no Judiciário é bem-vinda — desde que sirva à Justiça, e não ao automatismo cego. O futuro não é robotizar o juiz, mas fortalecê-lo com inteligência.

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