A Constituição de 1988 consagrou um catálogo robusto de direitos fundamentais, que se tornaram ponto de partida e de chegada nas decisões sobre extradição. Eles limitam o poder punitivo e protegem o indivíduo frente ao Estado estrangeiro.
📖 Quais Direitos Fundamentais se Aplicam na Extradição?
Em matéria de extradição, os principais direitos fundamentais protegidos pelo STF incluem:
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Devido processo legal (art. 5º, LIV);
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Ampla defesa e contraditório (art. 5º, LV);
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Integridade física e moral (art. 5º, III);
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Liberdade religiosa, de opinião e política (arts. 5º, VI e IX);
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Proibição de extradição por crime político (art. 5º, LII).
Esses direitos são cláusulas pétreas e impedem decisões de extradição que possam causar lesão irreparável ao extraditando.
⚖️ Como o STF Aplica Esses Princípios?
A Corte analisa se o país requerente assegura as mesmas garantias constitucionais. Quando há dúvida, pode exigir compromissos formais ou simplesmente negar o pedido.
Em 2020, no caso Extrad. 1.434, o STF negou a extradição de um jornalista por entender que havia risco de perseguição política e cerceamento de defesa.
🛡️ O STF é Guardião da Dignidade Humana
O julgamento da extradição não é sobre a culpa ou inocência, mas sobre o respeito à legalidade e aos direitos humanos. A função do STF é proteger o indivíduo contra arbitrariedades externas.
💡 Ser Julgado sem Garantias?
Você aceitaria ser entregue a um país onde não poderia ter advogado, nem apelar da sentença? Os direitos fundamentais são o mínimo ético exigido em qualquer processo.
✅ Conclusão: Direitos Fundamentais são Barreiras Contra o Abuso
A extradição não pode violar a Constituição. O Brasil protege seus princípios, mesmo diante de pressão internacional. Os direitos fundamentais não são negociáveis — são inegociáveis.