Entenda o Dever do Estado em Fornecer Medicamentos Não Registrados na Anvisa
Saiba em quais situações o Estado deve fornecer medicamentos sem registro na Anvisa, entenda a jurisprudência e seus direitos como paciente.
Introdução
A busca por tratamentos mais eficazes leva muitos pacientes a recorrer a medicamentos ainda não registrados pela Anvisa. Nesses casos, o dever do Estado em fornecê-los é tema de intensos debates jurídicos. Você compreende quando, e sob quais condições, o Poder Público é obrigado a garantir esses medicamentos?
Fundamentação Jurídica
A Constituição Federal (art. 196) garante o direito à saúde. O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgados como o RE 657.718/SC, já definiu critérios para obrigar o Estado a fornecer medicamentos sem registro, desde que o paciente comprove a imprescindibilidade do tratamento e a inexistência de alternativas terapêuticas. Além disso, é necessário comprovar a eficácia mínima e segurança do medicamento, ainda que não registrado.
Exemplo Prático
Considere um paciente portador de doença rara, sem tratamento disponível no Brasil. Com laudos médicos e artigos científicos, ele prova a relevância de um medicamento importado sem registro na Anvisa. Ao ingressar com ação judicial, o juiz, analisando as evidências, pode determinar que o Estado forneça o medicamento, garantindo o cuidado necessário.
Atualizações Legais e Dados
Segundo relatórios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o número de processos pleiteando medicamentos não registrados aumentou significativamente nos últimos anos. O STF tem buscado estabelecer parâmetros claros, equilibrando o direito à saúde e a segurança do paciente.
Chamadas à Ação Suteis
Você sabe como isso pode impactar seu caso? Entender os parâmetros legais e apresentar provas adequadas é fundamental. Um advogado especializado pode auxiliar a preparar a melhor estratégia.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O Estado é sempre obrigado a fornecer medicamentos sem registro?
Não. É necessário comprovar necessidade extrema, eficácia mínima e ausência de alternativas.
2. Como comprovar a eficácia do medicamento?
Por meio de relatórios científicos, artigos médicos e recomendações de especialistas.
3. O processo é demorado?
Depende. Em casos urgentes, liminares podem garantir acesso rápido, mas o mérito pode levar mais tempo.