Convivência familiar: o que fazer quando um parente impede o acesso da criança a outros familiares?

A convivência familiar saudável é essencial para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Contudo, em algumas situações, pode haver resistência ou impedimento por parte de um parente em permitir o acesso da criança a outros membros da família. Esse cenário pode gerar conflitos e afetar negativamente o bem-estar do menor, exigindo ações jurídicas para garantir o direito à convivência familiar.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura que todas as crianças têm o direito de conviver com sua família e comunidade, sendo responsabilidade dos pais e dos demais responsáveis legais garantir esse direito. Quando um parente, como um dos pais, impede o acesso a outros familiares, a lei prevê medidas para proteger o interesse da criança, assegurando seu direito à convivência com todos os membros da família.

Para resolver essa situação, é possível ingressar com uma ação de regulamentação de visitas ou de guarda, dependendo do caso. O Código Civil, em seus artigos 1.589 a 1.603, estabelece que a guarda deve sempre visar ao melhor interesse da criança, garantindo sua convivência com ambos os pais e, por extensão, com outros familiares essenciais para seu desenvolvimento. O juiz avaliará as circunstâncias e poderá determinar um regime de visitas que respeite os laços familiares.

Um exemplo prático é o de uma avó que deseja passar mais tempo com seu neto, mas o avô, responsável legal, impede essas visitas sem justificativa plausível. Nesse caso, a avó pode procurar a Justiça para garantir seu direito de convivência, apresentando provas de que a interação é benéfica para a criança. O juiz, ao analisar o caso, poderá determinar visitas regulares, assegurando que o menor mantenha um relacionamento saudável com todos os familiares.

Garantir a convivência familiar é fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Se você está enfrentando dificuldades em permitir ou garantir o acesso de um parente à criança, buscar a orientação de um advogado especializado em Direito de Família é essencial para proteger os direitos do menor. Compartilhe suas dúvidas ou experiências nos comentários e contribua para a conscientização sobre a importância da convivência familiar.

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